A praia de Atalaia e a área dos mercados centrais se transformam nos núcleos de concentração do forró durante o mês de junho, em Aracaju. Na orla, as comemorações em homenagem ao São João ficam por conta do Arraiá do Povo, enquanto que a área dos mercados sedia o Forrocaju.
- Casal ignora a chuva e continua o arrasta-pé, em Aracaju
Ao todo, são 125 atrações e quase 200 horas de muito forró totalmente grátis para o público que deve promover um dos arrasta-pés mais animados do Nordeste. A estrutura é montada na área onde estão localizados os mercados centrais da cidade.
Além dos shows, sergipanos e visitantes também curtem o clima de São João na roça. As ruas do centro ficam bastante animadas com as apresentações de trios pés-de-serra e quadrilhas.
Até quem não sabe dançar forró se dá bem na capital sergipana. Professores de dança dão aulas de graça, principalmente para os visitantes que ainda não pegaram o ritmo.
Outra atração do Forrocaju é a Marinete do Forró - um ônibus estilo jardineira cuja decoração está inteiramente ligada às festas juninas. O veículo sai de Atalaia e circula os principais pontos turísticos da cidade. O passeio é gratuito.
Já os ônibus convencionais da capital sergipana são animados por trios pés-de-serra, acompanhados de um casal de matutos com trajes típicos no período de 18 a 29 de junho. Mais informações no site www.aracaju.se.gov.br/forrocaju.
Arraiá do Povo
O evento ocorre numa cidadezinha cenográfica montada na região da Praia de Atalaia, no período de 9 de junho a 11 de julho. O cenário ganha ainda barracas de comidas típicas, exposições de artesanato e fica bastante colorido com as mais de 200 apresentações de quadrilhas e grupos regionais formados por bacamarteiros (espécie de cangaceiros armados com grandes espingardas) e bandinhas de pífanos (instrumento de sopro comum no Nordeste).
No interior, algumas das cidades mais animadas são Canindé do São Francisco, Estância e Areia Branca. Durante todo o mês de junho, os municípios realizam quermesses e festas regadas a muito forró. Na semana do dia de São João, as praças locais ficam lotadas com a realização de shows de artistas como Leonardo e bandas como Calcinha Preta e Mastruz com Leite.
Junho em Campina Grande (PB) tem forró o mês inteiro
Com mega shows e apresentações que vão do dia 4 de junho a 4 julho, a cidade respira São João em todas as suas ruas, praças, avenidas e esquinas. Este ano, o tamanho da festa pode ser ainda maior, caso a Seleção Brasileira avance às finais da Copa do Mundo, na África do Sul.
- Vila Nova da Rainha traz espetáculos das quadrilhas, em Campina Grande, na Paraíba
Com mais de 40 mil metros quadrados de área, incluindo um grande palco, três ilhas de forró e mais de 250 barracas e quiosques, o Quartel General do Forró deve receber no Arraial Hilton Mota, diversos nomes da música nordestina como Elba Ramalho, Zé Ramalho, Flávio José, Dominguinhos, Aviões do Forró, Waldonys, Garota Safada, Nando Cordel, Jorge de Altinho. No palco principal, serão pelo menos seis horas de música sem parar durante os dias de festejos.
Ponto tradicional dos festejos em Campina Grande, a Pirâmide Jackson do Pandeiro, que fica na parte de cima do Quartel General, é o local onde as quadrilhas juninas e os trios de forró se apresentam.
Na parte inferior está o Arraial Hilton Mota, local onde ficam os camarotes e o palco principal da festa. Também no Parque do Povo está a Vila Nova da Rainha (espaço onde são comercializados produtos do artesanato local) e a Cidade Cenográfica lugares que retratam a história de Campina Grande.
A fogueira gigante, com 18 metros de altura é uma das principais atrações do parque.
O Trem do Forró também entrará nos trilhos da alegria em 2010. Batizada de Expresso Forroviário, a atração vai da Estrada Velha, na sede de Campina Grande, até o Distrito de Galante, na zona rural, ao som de muito xote, xaxado e baião, a partir do dia 5 de junho, sempre aos sábados e domingos. O percurso tem 12km de extensão.
Os sete vagões são devidamente decorados com bandeirolas juninas e balões de papel. Cada um tem um trio nordestino que garante a animação que é reforçada pela paisagem rústica do sertão.
Em Galante, há uma recepção para lá de “arretada” com quadrilhas e grupos de forró pé-de-serra. Na volta, o som do forró não deixa ninguém ficar parado e todos caem na dança. O trem sai às 10h e retorna às 15h.
Outro evento tradicional de Campina Grande é o casamento coletivo, no Dia dos Namorados (12 de junho). Este ano, a cerimônia realizada por um juiz de paz reunirá 120 pessoas. Durante o casamento, clássicos da música nordestina serão entoados pela Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa.
Wi fi
Além de estar presente nos folhetos, a programação dos festejos de Campina Grande também serão enviadas gratuitamente via Bluetooth para as pessoas interessadas. Quem não for à cidade poderá assistir aos shows que acontecem no Palco Principal ao vivo através do endereço eletrônico do São João (www.saojoaodecampina.pb.gov.br).
Capital do forró, a pernambucana Caruaru t
- Decoração junina dá colorido especial ao principal palco dos festejos (foto de 2009)
Todos os anos, os organizadores da festa elegem os seus homenageados. Em 2010, os escolhidos foram a Banda de Pífanos de Caruaru, o instrumentista Tavares da Gaita, o poeta Rafael Barros e os humoristas Luiz Jacinto Silva e Irandir Peres, todos considerados ícones da cultura local.
O principal espaço, por onde passam os maiores artistas da música nordestina é o Parque de Eventos Luiz Gonzaga, onde há a vila e o pátio do forró. Para o pátio, que deve receber até 100 mil pessoas por dia, estão programados mais de 400 shows de artistas como Gilberto Gil, Zé Ramalho, Alceu Valença, Elba Ramalho e outros nomes da música local e nacional. A praça também contará com camarotes que receberão 2,5 mil pessoas a cada noite de festa.
Cultura nordestina
Quem vai a Caruaru tem, além do arrastapé que não deixa ninguém parado, diversas opções para curtir o melhor da cultura nordestina. As atrações são distribuídas em cinco pólos que abrigam desde o artesanato local até os grandes shows de artistas como Elba Ramalho, Flávio José e bandas de forró como Magníficos, Mastruz com Leite, entre outros.
Logo na entrada do arraial, batizado de Mestre Vitalino, turistas e foliões podem observar réplicas de casas tipicamente nordestinas que recebem o nome de artistas locais e nacionais. O cenário sertanejo é complementado por personagens do campo e instrumentos da zona rural como casas de farinha e currais de gado.
O local conta ainda com espaço infantil e o Pólo das Quadrilhas, onde são realizadas as apresentações de dança. As quadrilhas recebem o nome de Drilhas e possuem vários temas. As apresentações ocorrem na avenida Agamenon Magalhães e encantam pelo colorido e diversidade de coreografias.
Outra atração do São João de Caruaru é a Casa das Fofoqueiras, onde os visitantes podem conferir apresentações teatrais que retratam o dia-a-dia da dona de casa nordestina. Quem tem o espírito mais tradicional pode conferir o Forró do Candeeiro e as atrações do Alto do Moura. Nestes espaços, há a predominância dos trios pé-de-serra e dos grupos regionais.
Neste leque de opções, o visitante não pode deixar de conferir apresentações culturais e históricas de Caruaru como o Festival dos Bacamarteiros, que ocorre no dia 24 de junho. O desfile, que é um espetáculo de som e luz, reúne cerca de 700 participantes devidamente equipados com seus bacamartes (espingardas comuns no sertão nordestino) e vestidos como cangaceiros. Os festivais dos sanfoneiros e dos fogueteiros também chamam a atenção de mais de 20 mil pessoas.
Comidas e fogueiras gigantes
Quem aprecia a culinária nordestina tem em Caruaru um lugar de muita fartura e variedade. A fartura vem exatamente do tamanho dos pratos típicos servidos durante o São João. Comidas como pamonha, canjica e bolos de milho ganham proporções gigantes e chamam a atenção de quem passa pela cidade.
O encontro das comidas gigantes, que é organizado por uma associação especializada, acontece no Pólo das Quadrilhas, na Estação Ferroviária da Cidade. Lá é possível saborear também iguarias como o cuscuz, o pé-de-moleque e o quentão, bebida típica à base de pimenta e aguardente.
O festival da fogueira gigante é realizado no dia 28 de junho, no Largo do Convento dos Capuchinhos e é feito em homenagem a São Pedro.
Em junho, Senhor do Bonfim se transforma na capital baiana do forró
- Casamento na Roça é atração do Arraiá da Tapera, em Senhor do Bonfim (foto de 2009)
Lá, uma mega estrutura é armada para receber os principais artistas da música nordestina. Para os festejos deste ano, estão confirmados grandes expoentes do forró e da MPB como Gilberto Gil, Targino Gondim, Adelmário Coelho e a Banda Calcinha Preta. Todas as apresentações no Parque da Cidade são gratuitas.
Quem prefere algo menos agitado tem como opção o Espaço Forrobodó, no centro da cidade. A programação é variada e inclui as apresentações de trios nordestinos e bandas de pífanos locais, como o tradicional Grupo do Calumbi.
Duas atrações que não podem faltar no São João de Bonfim, que já tem mais de um século de tradição, são a Alvorada e o Show de Espadas. Na Alvorada, centenas de pessoas rompem a aurora do dia espalhando alegria e descontração ao som de fanfarras e bandinhas de forró pé-de-serra.
Já o Show de Espadas é um pouco mais arriscado e requer cuidados aos mais desavisados. A farra com os fogos de artifício feitos à base de bambu ocorre das 18h às 23h do dia 23 de junho nas ruas da cidade. Os moradores locais, que geralmente são os mais experientes, utilizam uma verdadeira armadura improvisada para evitar as queimaduras. Calças e jaquetas jeans, luvas e capacete de motociclistas são os instrumentos indispensáveis na brincadeira.
Atrações à parte
Este ano, quem for passar os festejos juninos em Senhor do Bonfim pode embarcar numa viagem bastante descontraída. O “Trem do forró” percorrerá a zona rural do município num trajeto de 50 minutos regados ao som da zabumba, da sanfona e do triângulo.
Os desfiles dos blocos puxados por jumentos que transportam litros e litros de licor também são atrações imperdíveis na cidade, que ainda possui como atrativos o Casamento de Maria e as apresentações de quadrilhas e grupos folclóricos regionais.
A Copa do Mundo, com os jogos da Seleção Brasileira realizados no mês de junho, são um aperitivo para animar ainda mais os festejos de São João.
Outra atração à parte de Senhor do Bonfim é a criatividade dos vendedores de bebidas. Os drinks preparados à base de vodca e cachaça ganham nomes variados como xibiu, príncipe maluco e capeta assim como a companhia de ingredientes como leite condensado, guaraná em pó e energéticos. Os sanduíches de pernil também são imperdíveis.
Forró do Sfrega
Quem está afim de paquera e badalação no São João de Senhor do Bonfim tem como uma das principais opções o Forró do Sfrega. A festa privada, cujos ingressos variam de R$ 200 a R$ 600 para dois dias de agitos, reúne um mix de atrações que vão desde a bandas de Axé como Asa de Águia a grupos de forró eletrônico como a banda cearense Aviões do Forró, além das apresentações de DJ’s. Apesar do grande apelo de mídia, o maior atrativo são as bebidas já inclusas no passaporte de entrada.
Festa de Amargosa tem atrações para todas as cidades
- Shows levam mais de 100 mil pessoas por noite na Praça do Bosque em Amargosa (foto da edição de 2009)
Cravada no Vale do Jiquiriçá, numa das regiões mais belas do Recôncavo Baiano a 240 km de Salvador, a cidade de Amargosa se destaca pela pluralidade dos festejos juninos. Crianças, jovens, adultos e idosos convivem harmonicamente no São João repleto de atrativos.
O palco principal da festa é montado na Praça do Bosque. Aliás, bosque é o que não falta no município, que é um dos mais arborizados da Bahia - o que lhe rendeu o carinhoso apelido de Cidade Jardim.
A grade de atrações, como sempre, é bastante diversificada e em 2010 não será diferente. Durante nove dias, a partir de 18 de junho, passarão por lá forrozeiros tradicionais, como o paraibano Flávio José, e também astros da música sertaneja como a dupla César Menotti & Fabiano.
A prefeitura local estima um público de 100 mil pessoas por noite de festa. Uma das atrações que deve lotar a praça e deixar os 29 mil metros quadrados com dimensões mínimas é o cantor Zé Ramalho, que arrasta uma legião de fãs em todas as apresentações que faz na Bahia.
Enquanto os adultos arrastam o pé até o dia raiar, as crianças podem chegar mais cedo e curtir o ambiente rural. A Vila Amargosa, que mostra um pouco do clima da roça do interior abriga uma cidade cenográfica de 1.000 m² e uma fazendinha, onde são expostos animais de produção e exóticos. Lá também é possível saborear comidas e bebidas típicas e apreciar o artesanato e outras manifestações culturais da terra.
Uma réplica de uma casa de barro também chama a atenção e funciona como um grande espaço para dançar forró o dia todo. Batizado de Sala de Reboco, o espaço homenageia o Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
A badalação fica por conta do Forró do Piu Piu, que reúne mais milhares pessoas na Fazenda Colibri, na zona rural do município. O passaporte, que custa de R$ 130 (o dia) a R$ 690 (três dias) garante acesso gratuito a bebidas como cervejas, refrigerantes e caipiroscas. As atrações misturam nomes do Forró com os da Axé Music durante os dias 24, 25 e 26 de junho.
O palco principal da festa é montado na Praça do Bosque. Aliás, bosque é o que não falta no município, que é um dos mais arborizados da Bahia - o que lhe rendeu o carinhoso apelido de Cidade Jardim.
A grade de atrações, como sempre, é bastante diversificada e em 2010 não será diferente. Durante nove dias, a partir de 18 de junho, passarão por lá forrozeiros tradicionais, como o paraibano Flávio José, e também astros da música sertaneja como a dupla César Menotti & Fabiano.
A prefeitura local estima um público de 100 mil pessoas por noite de festa. Uma das atrações que deve lotar a praça e deixar os 29 mil metros quadrados com dimensões mínimas é o cantor Zé Ramalho, que arrasta uma legião de fãs em todas as apresentações que faz na Bahia.
Enquanto os adultos arrastam o pé até o dia raiar, as crianças podem chegar mais cedo e curtir o ambiente rural. A Vila Amargosa, que mostra um pouco do clima da roça do interior abriga uma cidade cenográfica de 1.000 m² e uma fazendinha, onde são expostos animais de produção e exóticos. Lá também é possível saborear comidas e bebidas típicas e apreciar o artesanato e outras manifestações culturais da terra.
Uma réplica de uma casa de barro também chama a atenção e funciona como um grande espaço para dançar forró o dia todo. Batizado de Sala de Reboco, o espaço homenageia o Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
A badalação fica por conta do Forró do Piu Piu, que reúne mais milhares pessoas na Fazenda Colibri, na zona rural do município. O passaporte, que custa de R$ 130 (o dia) a R$ 690 (três dias) garante acesso gratuito a bebidas como cervejas, refrigerantes e caipiroscas. As atrações misturam nomes do Forró com os da Axé Music durante os dias 24, 25 e 26 de junho.
Cidade com tradição no carnaval, Salvador se rende aos agitos de São João
Este ano, as quadrilhas vão se apresentar na Praça Municipal de Salvador (foto de 2009)
O São João é sempre comemorado na área central da capital baiana em lugares como o Pelourinho e o Terreiro de Jesus. Este ano, os principais shows foram transferidos para a Praça Castro Alves, local famoso pelos encontros de trios elétricos realizados nos anos 80 e 90.
Durante todo o mês de junho, serão oito noites de festas na terra dos orixás com apresentações de Gilberto Gil, Elba Ramalho, Adelmário Coelho, Targino Gondim, Geraldo Azevedo e Banda Estakazero. O calendário da festa promovida pela Secretaria de Turismo do Estado prevê shows nos dias 11 e 12, 18 e 19 e 23, 24, 25 e 26.
Além da Praça Castro Alves, os festejos também concentram atrações na Praça Municipal, perto do Elevador Lacerda e no Pelourinho. Na praça, a principal atração é o concurso de quadrilhas juninas que fazem um espetáculo de danças, cores e músicas. Já no Arraiá do Pelô, a animação ficará por conta dos trios de forró pé-de-serra e apresentações de grupos de sambas juninos nos principais largos, becos e praças do bairro.
Antes dos festejos oficiais tem o Arraiá da Capitá, que é uma grande prévia do São João de Salvador. A festa de caráter privado aconteceu este ano nos dias 28 e 29 de maio. Flávio José, Estakazero e Adelmário Coelho integraram a grade de atrações.
Quem aprecia a culinária de São João tem na capital baiana um grande pólo. Bolo de fubá, pé-de-moleque, canjicas, mingaus e pamonhas são facilmente encontrados em barracas montadas nos circuitos da festa. Entre as bebidas típicas dos festejos, o destaque vai para os licores de jenipapo, passas e de sabores exóticos, como menta e chocolate.
Além do São João, o Santo Antonio também é muito festejado na cidade com a tradicional trezena, realizada em diversos bairros da cidade e, nas duas igrejas que levam o nome do santo, no Centro Histórico e também no bairro da Barra.
Trem do Forró
Sob o comando do forrozeiro Carlos Pitta, o Trem do Forró é uma das opções para quem pretende curtir um São João diferente em Salvador. Num percurso de 4km entre os bairros da Calçada, na Cidade Baixa e Paripe, o trem faz algumas paradas nas principais estações do roteiro.
A atração ocorrerá durante quatro domingos do mês de junho, a partir do dia 6. A camiseta que garante a entrada no passeio custa R$ 25. Mais informações no telefone: (71) 8767-0491.
Já o Salvador Bus, que normalmente percorre os cartões-postais da capital baiana, durante o São João transportará de graça os hóspedes dos principais hotéis da cidade para o local dos festejos, no centro. Ao final dos shows, os turistas são levados de volta para os hotéis.
Em alguns bairros da cidade, a folia junina ainda conserva os ares do interior com desfile de carroças e apresentações de quadrilhas. No bairro da Ribeira, que está localizado na Península Itapagipana, eleita um dos sete pontos mágicos de Salvador, algumas características de festejos da zona rural são vistas no Forró da Jega. Este ano, a festa será animada pelo forrozeiro Gereba, que já foi parceiro de Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e Dominguinhos.
Serviço
Quem busca informações sobre os festejos em Salvador e também no interior do Estado pode obtê-las no Disque Bahia Turismo, por meio do número (71) 3103-3103, ao custo de uma ligação convencional para telefone fixo ou acessar o site www.saojoaobahia.com.br. Tanto na web quanto no call center, os interessados nas festas juninas da Bahia podem conhecer a programação, curiosidades e tudo sobre o evento que os baianos chamam de maior festa regional do Brasil.
Forró dá lugar ao Bumba-meu-Boi e manifestações culturais no Maranhão
No Maranhão, os tradicionais arraiais juninos têm cores e celebrações diferentes. Nada de fogueiras ou bandas de forró. Lá, a diversidade de som e manifestações culturais é marcada pelos ritmos do Tambor de Crioula, das quadrilhas estilizadas, do Cacuriá e do tradicional Bumba-meu-Boi.
- Fantasias representam espetáculo de cores em São Luís, no Maranhão
Os festejos são realizados durante todo o mês de junho e alguns dias de julho nas partes nova e antiga de São Luís. As comemorações com a festa do Bumba-meu-Boi ocorrem nos arraiais do centro da capital, e na periferia da cidade. Alguns shoppings também se rendem aos encantos do São João maranhense.
Este ano, o tema é 'São Luís do São João, cidade de todos os brincantes'. O Arraial da Maria Aragão contará com uma extensa programação de 34 dias que ocorrerá até o dia 4 de julho.
Serão 35 shows musicais com artistas maranhenses, 200 apresentações de grupos folclóricos (tambor de crioula, cacuriá, dança do boiadeiro, quadrilha, dança portuguesa, dança do coco, bumba-meu-boi), além do barracão do forró que terá 26 apresentações de grupos de forró pé-de-serra.
O público estimado em cada dia de apresentações é de dez mil pessoas com o Arraial funcionando até a meia-noite durante a semana e até as duas da madrugada nos fins de semana e feriados.
Em São Luís há cerca de cem grupos de bumba-meu-boi, subdivididos em diversos sotaques. Cada um tem características próprias que se manifestam nas roupas, na escolha dos instrumentos, no tipo de cadência da música e nas coreografias.
No tambor de Crioula, a principal caracteristica é a informalidade. A principal manifestação, entretanto é “punga” ou “umbigada”, ou seja, uma forma de convite para que outra dançarina assuma a evolução no centro da roda. Já o Cacuriá é uma dança que explora a malícia e a sensualidade.
História da festa
O enredo da festa do Bumba-meu-boi resgata as relações sociais e econômicas nordestinas do período colonial. Segundo a lenda, a história do Bumba-meu-Boi surgiu quando Pai Francisco matou um boi de estimação de seu senhor para satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Mãe Catirina, que queria comer língua.
Quando descobre o sumiço do animal, o senhor fica furioso e, após investigar entre seus escravos e índios, descobre o autor do crime e obriga Pai Francisco a trazer o boi de volta. O boi ressucita e todos participam de uma enorme festa para comemorar o milagre.
Conheça os sotaques
Sotaque de matraca - Surgiu em São Luís e é o preferido de seus habitantes. O instrumento que dá nome ao sotaque é composto por dois pequenos pedaços de madeira, o que motiva os fãs de cada boi a engrossarem a massa sonora de cada "Batalhão". Além das matracas, são usados pandeiros e tambores-onça (uma espécie de cuíca com som mais grave). Na frente do grupo fica o cordão de rajados, com caboclos de pena. Os principais representantes desse sotaque são o Boi de Maracanã, o Boi da Maioba, o Boi da Pindoba, o Boi de Iguaíba, o Boi da Madre Deus e o Boi do Bairro de Fátima.
Sotaque de Zabumba - Ritmo original do Bumba-meu-boi, este sotaque marca a forte presença africana na festa. Pandeirinhos, maracás e tantãs, além das zabumbas, dão ritmo para os brincantes.
No vestuário destacam-se golas e saiotas de veludo preto bordado e chapéus com fitas coloridas. O sotaque de zabumba passa por grande crise nos últimos anos devido à falta de novos brincantes interessados em manter as tradições do mais antigo estilo de boi. Os principais representantes desse sotaque são o Boi de Guimarães de Seu Marcelino Azevedo, o Boi da Areinha de Seu Constâncio, o Boi da Fé em Deus de Dona Teresinha Jansen, o Boi da Liberdade de Seu Leonardo, o Boi da Vila Passos de Seu Canuto e o Boi do Bairro de Fátima de Dona Zeca.
Sotaque de Orquestra - Ao incorporar outras influências musicais, o Bumba-meu-boi ganha neste sotaque o acompanhamento de diversos instrumentos de sopro e cordas, como o saxofone, clarinete e banjo. Peitilhos (coletes) e saiotes de veludo com miçangas e canutilhos são alguns dos detalhes nas roupas do brincantes. Os principais representantes desse sotaque são o Boi de Axixá, o Boi de Morros, o Boi de Nina Rodrigues, o Boi da Lua e o Boi do CEIC.
Sotaque da Baixada - Embalado por matracas e pandeiros pequenos, um dos destaques deste sotaque é o personagem Cazumbá, uma mistura de homem e bicho que, vestido com uma bata comprida, máscara de madeira e de chocalho na mão, diverte os brincantes e o público. Outros usam um chapeú de vaqueiro com penas de ema. Os principais representantes desse sotaque são o Boi de Pindaré, o Boi de São João Batista, o Boi de São Vicente de Ferrer, o Boi de Viana e o Boi de Santa Fé.
Sotaque Costa de Mão - Típico da região de Cururupu, ganhou este nome devido a uns pequenos pandeiros tocados com as costas da mão. Caixas e maracás completam o conjunto percussivo. Além de roupa em veludo bordado, os brincantes usam chapéus em forma de cogumelo, com fitas coloridas e grinaldas de flores. O principal representante desse sotaque é o Boi de Cururupu.
Quem são os personagens
Dono da Fazenda | É o senhor dono da fazenda. Usa a roupa mais rica e um apito para coordenar a festa. É o responsável pela organização do Batalhão e, em alguns casos, é também o cantador |
Pai Francisco | Vaqueiro, veste-se com roupas mais simples. Seu papel durante a brincadeira é provocar risos na platéia. Cada boi pode ter vários deste personagem |
Mãe Catirina | Mulher de Pai Francisco. Normalmente representada por um homem vestido de mulher |
Índias | Mulheres cobertas por penas no peito, mãos e pernas |
Miolo | Brincante responsável pelas evoluções e coreografias do boi |
Vaqueiros | Empregados da fazenda. Usam roupas de veludo e chapéus de pena com longas fitas coloridas |
Mutuca | Para não deixarem os brincantes dormirem durante as maratonas de apresentação do bois, os mutucas são responsáveis pela distribuição de cachaça a todos |
Caboclo de fita | Brincantes enfeitados com chapéus de fita coloridos e que se misturam aos vaqueiros durante a festa |
Caboclo de pena | Homens cobertos por penas e com um grandé chapéu ou cocá que também é feito de penas, representando os homens da tribo nos rituais |
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